Cada cão é único. Cães que foram pouco socializados, que têm medos ou que sofreram algum trauma, provavelmente vão precisar de mais tempo do que um cão com experiências de vida mais positivas.
Esteja atento ao sinais de desconforto, mais subtis ou mais evidentes, como:
fazer as necessidades às escondidas
esconder-se atrás de algo ou alguém
não querer comer a ração
estranhar objetos que nunca viram como mobília ou televisão
assustar-se com sons que nunca ouviram como uma máquina de lavar
bocejar em momentos que não estão relacionados com o sono
virar a cabeça consistentemente no sentido oposto a algo ou alguém
recusar biscoitos ou outra comida saborosa
farejar o chão de forma contínua, parece estar a evitar algo
Enquanto nós humanos consideramos a nossa casa como um “paraíso” em relação ao local de onde vem o cão, ele pode percepcionar de forma oposta, simplesmente por desconhecer.
Do que precisa?
Tempo + Espaço
Minimize as visitas em casa, estabeleça e mantenha rotinas, deixe-o descobrir a casa ao seu ritmo, evite passeios longos e em locais agitados, deixe ser ele a aproximar-se de si, propicie bons e longos sonos.
Adotamos os nossos cães com 6 e 8 anos. A Meli e o Yoki tiveram tempos e modos diferentes de adaptação.
A Meli (a mais pequena na foto) tremia muito em novos locais e com pessoas diferentes. O tempo e a minimização da exposição a situações desconfortáveis ajudou a que superasse. Hoje em dia só em dias de foguetes é que treme, mas mesmo assim, já não é como no início.
O Yoki afastava-se um pouco e ladrava quando algo o perturbava. Inicialmente mais aos homens da família. O pai e o filho, eram os mais temidos. Ao meu filho por ser muito alto e ter corpo desengonçado de adolescente, ainda demorou um pouco mais a habituar-se à sua silhueta.
Se deixarmos fluir, sem pressão de tempo, nem invasão de espaço, acontece o melhor!
Foto: a Meli adora deitar-se junto à nossa gata Lichia.
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