Durante muito tempo, dizer que os cães eram seres emocionais, era uma extravagância a que os especialistas chamavam de antropomorfismo. Acreditava-se que apenas os humanos teriam a capacidade de sentir emoções.
Felizmente, já muitas pessoas trabalharam e investigaram sobre o assunto, dou o exemplo de Jaak Panksepp, neurocientista e psicobiólogo, e que contribuíram para o que hoje já sabemos sobre as emoções dos animais não humanos.
Sempre que trabalho com problemas de comportamento, as emoções são o grande "iceberg" abaixo da linha da água, O medo e a frustração são emoções frequentes.
Existe algo no ambiente, presente e/ou passado do cão, que o leva a repetir um comportamento “problema” para nós, contudo, para ele, esse mesmo comportamento é a solução que encontrou para lidar com o que o rodeia.
A primeira coisa a fazer é identificar o que provoca a emoção, ajudar o cão a sentir-se seguro no ambiente, dar conhecimentos à família humana, para depois ele começar a perceber que o mundo não é um lugar assustador ou frustrante, tal como sentia.
O Feijão sentia frustração em alguns contextos e aprendeu a dar uma resposta, que embora funcionasse para ele, não estava a ser positivo para ninguém.
Existem cães com sorte e o Feijão é um deles Quando as pessoas estão disponíveis a aprenderem e a experimentarem diferentes abordagens, o resultado é "win-win" para todos.
Por isso, a sua guardiã escreveu nas críticas do Google da minha página: ”A Elsa ensinou-nos a compreender as necessidades e comportamentos do nosso cão para que possamos agir em conformidade, tendo o seu comportamento mudado de 8 para 80.”
Parabéns à família do Feijão!
P.S.: a foto foi tirada ainda numa das primeiras visitas e parece perguntar-me "O que andas para aí a tramar com a minha humana, hein?..."
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